CAPACITAÇÃO EM HANSENÍASE.

No dia 22 de Outubro de 2014, estiveram em curso em Porto Alegre – RS, os Agentes Comunitários de Saúde e a Enfermeira Paula da Estratégia de Saúde da Família do Município de Vista Gaúcha.

A capacitação foi desenvolvida pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, através do Programa Estadual de Controle de Hanseníase.

Entre os temas abordados da Hanseníase estão a história, o que é, contágio, sinais e sintomas, como é feito o diagnóstico, tratamento. Além de abordar a questão do tratamento da hanseníase e o alcoolismo. Na parte da tarde foi realizada oficina de sensibilização, além de dar enfoque especial no papel do Agente Comunitário de Saúde na hanseníase e importância do acolhimento à pessoa com a doença

A Hanseníase é uma doença contagiosa, não hereditária, que tem cura do bacilo e o tratamento é gratuito. Cerca de 85% a 90% da população tem defesas biológicas contra o bacilo causador da hanseníase, e esta parcela não corre risco de desenvolver a doença. Os 10% a 15% restantes, que correm o risco de contrair a doença, são os chamados contatos intradomiciliares, pessoas que convivem, ou conviveram, com um doente que não esteja em tratamento, por mais de 5 anos. O fato de haver baixa incidência, não significa que a situação está resolvida, pois outro quadro começa a se formar, o do diagnóstico tardio, onde os pacientes já são diagnosticados com incapacidades instaladas.

A doença afeta, principalmente, a pele e os nervos da face, olhos, braços, mãos, pernas e pés. A pessoa apresenta área(s) e/ou lesão(ões) (manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos) com distúrbio de sensibilidade, diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato em qualquer parte do corpo, com queda de pêlos, diminuição ou ausência de suor. Outros sinais e sintomas da hanseníase são: dor e/ou espessamento de nervos periféricos; diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, mãos e pés; diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nas pálpebras, membros superiores e inferiores.

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. O domicilio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada, desse, no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe).

Entre o contato com a pessoa doente e o aparecimento dos primeiros sinais pode levar de 2 a 5 anos

O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames

complementares para confirmação diagnóstica

A Poliquimioterapia (PQT–OMS, Rifampicina, Clofazimina e Dapsona) foi implantada oficialmente no país em 1991, com a confirmação da eficácia do novo esquema terapêutico. A PQT-OMS é o tratamento utilizado em todo o mundo, e a cura da hanseníase pode ser obtida em 6 ou 12 meses de tratamento.O diagnóstico e o tratamento são feitos nas Unidades Básicas de Saúde.

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